terça-feira, 28 de agosto de 2012

Para Ver Em Um Dia de Chuva


Belíssima
(Bellissima, 1951)


Ilusão x Realidade



Interessante como, ao longo da projeção de uma obra cinematográfica, podemos nutrir diferentes apreciações sobre o que estamos vendo, até chegarmos a uma, de caráter mais definitivo, quando do seu final. Foi o que aconteceu comigo enquanto estava assistindo a “Belíssima”, o terceiro e último filme da fase neorrealista de Luchino Visconti. O longa se inicia com uma bela sequência de créditos onde vemos uma orquestra executando uma ária de ópera (mais precisamente “Elisir D'amore”, de Donizetti), algo já bastante incomum para o cinema naqueles tempos, onde normalmente os créditos eram exibidos em fundos neutros ou com imagens estáticas. Em se tratando de cinema neorrealista italiano, então, configura-se uma monumental exceção. Prosseguindo, encaramos um bom tempo de projeção com um monte de personagens falando muito e alto, principalmente a Maddalena de Anna Magnani, uma das grandes atrizes da história do cinema, a qual virou estrela mundial a partir de “Roma – Cidade Aberta” (Roma, città aperta, 1945), algo que torna a experiência cansativa e meio sonolenta até certo ponto. Contudo, a sonolência é sacudida por cenas simplesmente sublimes, dignas do cinema magistral de Visconti, sendo uma delas provavelmente uma das mais marcantes de todos os tempos, dada a sua grande carga emocional.

A trama em si já se predispõe a lances de emoção. É certo que 90% das pessoas irão se sensibilizar com a história de uma mãe que busca, por meio do glamour do cinema, tirar sua filha da vida sem perspectivas em que estão imersas. A trama, concebida por Cesare Zavattini e com colaboração de ninguém menos que Suso Cechi D'Amico e do próprio diretor Visconti, mostra as desventuras de Maddalena Cecconi, moradora de um apartamento que fica em frente a um drive-in, nutrindo há anos o sonho de uma vida com muito mais luxo, charme e requinte que lhe é alimentado pela mágica do cinema, sempre pronta a vender ilusões (principalmente o hollywoodiano). É nessa esperança, de sair de uma existência que vê como medíocre, casada com um operário que lhe agride fisicamente (embora a violência não seja mostrada, isso é deixado latente pelos diálogos), que ela inscreve sua filha Maria no concurso da “menina mais linda de Roma”, que renderá à vencedora um contrato para participar de um filme a ser rodado na Cinecittà. Entretanto, ocorre que Maria não é exatamente uma criança tão especial aos olhos daqueles que fazem o cinema quanto o é aos olhos de sua mãe. Na verdade, Maria é uma daquelas crianças tímidas, choronas, sem desenvoltura para uma vida artística infantil.


Uma temática notavelmente atual é encarada por Visconti como uma autocrítica. A figura do diretor, encarnada por Alessandro Blasseti interpretando ele mesmo (sim, ele era diretor de cinema na vida real), é a do próprio Visconti, que se vê justamente como um mercador de ilusões, alguém que sobrevive de vender falsas ideias de glamour e beleza. Ele próprio teria dito a Blasseti, quando da revolta deste por se vislumbrar meio que ridicularizado na tela: “‘somos nós que pomos ilusões na cabeça das mães e das moças. Pegamos pessoas na rua e estamos errados. Vendemos um elixir do amor que não é elixir”. Infelizmente, essa realidade do mundo do show business (não apenas do cinema) como uma fonte de falsas esperanças perdura até hoje, ou melhor, poderíamos dizer que hoje está ainda mais acentuada, basta dar uma olhada na montanha de programas em que vemos crianças competindo por 15 minutos de fama, comumente como uma forma de realizar as frustrações de seus pais. “Belíssima”, então, pode ser visto como uma perfeita crônica do nosso tempo, mesmo realizado 61 anos atrás.

Para o bem ou para o mal, por outro lado, o filme não seria o mesmo sem a presença poderosa de Anna Magnani. Sim, ela domina a tela o tempo inteiro, mas em alguns momentos é justamente a liberdade que lhe foi dada nas filmagens que faz com que sua Maddalena derrape em alguns excessos. Segundo se noticia, Visconti permitiu que a atriz improvisasse a todo instante, o que talvez tenha resultado em tantas cenas “gritadas” e com tantas falas ininterruptas, que acabam inevitavelmente cansando o espectador. Mas as sequências mais marcantes de “Belíssima” também não seriam as mesmas sem sua presença. Aquela em que é cortejada por um do empregados do estúdio é simplesmente linda, tamanha a carga de sentimentos que ela consegue transmitir apenas com expressões faciais, algo que também se repete na mencionada sequência “das mais marcantes do cinema”, mas que vou me abster de dar detalhes para que o leitor que não viu o longa não perca o impacto.


Depois dos altos e baixos dos seus 108 minutos, o gosto e memória que permanecem é justamente a de um filme sensível e impressionantemente atual. Vai ser difícil ver agora algum dos programas de calouros infantis e não me lembrar deste filme peculiar, que pode até não ser o melhor de Luchino Visconti, mas que não deixa de se constituir em mais uma prova de sua grande capacidade de entender o mundo das classes desfavorecidas, mesmo sendo ele próprio oriundo de uma família aristocrática. Ademais, aqui ele também promove uma espécie de tapa na cara do Neorrealismo ao deixar entrever que o cinema deve ser feito por profissionais talhados para este ofício, e não por amadores recrutados nas ruas, como era hábito entre os cineastas da famosa escola cinematográfica. A cena final, onde Maddalena solta a frase “que rapaz simpático esse Burt Lancaster, não?”aparece como a síntese do pensamento de Visconti, vislumbrando que o cinema possui um lado mágico que não pode ser alcançado apenas mostrando a realidade de maneira direta e crua. Toda a sua cinematografia posterior coloca-se precisamente como uma busca incessante pelo equilíbrio entre a realidade que precisa ser fotografada e denunciada e a magia que só o cinema pode provocar. Talvez não seja coincidência, então, o fato de Burt Lancaster ter estrelado anos mais tarde “O Leopardo”, justamente a visão desse grande cineasta acerca de uma nobreza envelhecida e decadente.


Cotação:

Nota: 8,5

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

360



Síndrome de Orson Welles


Fernando Meirelles é um diretor que sofre do que podemos definir como a “síndrome de Orson Welles”. Tal como o diretor de “Cidadão Kane”, o qual passou o resto da carreira tentando ratificar o talento promissor que demonstrava no início, mas sem o mesmo sucesso junto à crítica, o cineasta brasileiro vive à sombra do seu primeiro trabalho de destaque (antes havia dirigido apenas “O Menino Maluquinho 2”, de 1998, e “Domésticas”, em 2001), a obra-prima “Cidade de Deus”, longa-metragem considerado por muitos como um dos melhores do presente século XXI. Diante do impacto mundial gerado pelo filme, a cada novo trabalho seu espera-se algo espetacular, uma nova obra-prima que marcará a década ou algo que o valha. Isso certamente prejudica a avaliação dos trabalhos de Meirelles, os quais parecem estar sempre aquém do seu potencial, o que não é exatamente uma verdade. Embora inferiores ao mencionado “Cidade de Deus”, tanto “O Jardineiro Fiel” (The Constant Gardener, 2005), quanto “Ensaio Sobre a Cegueira” (Blindness, 2008) são ótimos filmes, muito bem dirigidos e eficientes nas sus pretensões (o próprio Saramago aprovou a adaptação de Meirelles para o seu livro, portanto não sou eu que vou discordar). Entretanto, não se pode negar que esta sua nova película, “360”, representa o ponto mais baixo da sua carreira pós-Cidade de Deus.

Esta afirmação, por outro lado, não significa dizer que o filme é ruim. Não é. Possui vários personagens interessantes, atuações convincentes e a sempre precisa mão de Meirelles na direção, dando ritmo (com a ajuda da edição do competente Daniel Rezende) à narrativa e tornando a experiência quase sempre atrativa para o espectador. O grande problema da produção, em verdade, reside no roteiro cheio de pretensões de Peter Morgan e pretensões estas que não são alcançadas ao final da projeção. Em entrevistas, o próprio Meirelles chegou a afirmar que a película seriam mais um trabalho de Morgan do que dele próprio, o que parece fazer sentido. Inspirado em uma peça de Arthur Schnitzler que já foi algumas outras vezes adaptada para o cinema (vide La Ronde, dirigido por Max Olphüs em 1950), o roteiro tem aquela estrutura de narrativa múltipla, com vários tramas paralelas que vão se interligando, o que certamente traz um prazer extra para aqueles responsáveis pelo seu desenvolvimento. A presença de Meirelles no projeto parece ter sido uma escolha dos produtores que se baseou no seu notável talento para dirigir elencos numerosos, como é o caso aqui. Entretanto, um problema frequente neste tipo de roteiro se faz muito presente em “360”: algumas das tramas são concluídas de forma muito insatisfatória, sendo que vários dos personagens são praticamente esquecidos ao fim da projeção, a despeito do bom trabalho desenvolvido pela maior parte do elenco estelar que inclui nomes como Anthony Hopkins, perfeito e longe da preguiça dos últimos anos, no papel de um homem em busca da filha desaparecida; a brasileira Maria Flor, ótima como uma imigrante desiludida que resolve voltar para o Brasil; Jude Law, como um pai de família que está vivendo uma crise no seu casamento com Rose (Rachel Weiz); ou ainda as desconhecidas Lucia Siposová e Gabriela Marcinkova na pele de duas irmãs vindas do leste europeu. Uma delas, a mais velha, acaba se prostituindo para desgosto da caçula.


Apesar das suas conclusões frustrantes, os tipos apresentados estão muito bem estruturados. São figuras tridimensionais, cheios de imperfeições e atitudes equivocadas o que lhes confere uma humanidade sincera e este é realmente o grande trunfo da película. A verdade daquelas pessoas nos cativa e impressiona, por mais que, em vários momentos, reprovemos seus comportamentos. A concepção dos personagens ajuda muito na colocação daquela que pode ser vista como a temática central do longa: as consequências das escolhas que tomamos em nossas vidas, opções estas feitas de forma reflexiva ou impulsiva, mas que podem decidir toda a nossa trajetória. Desde a primeira cena nos deparamos com este conceito, ao vermos Mirka (Siposová) iniciando sua vida na prostituição e também concluímos com sua irmã tomando um atitude que alterará sua vida de forma irreversível. É justamente o arco dessas irmãs que é concluído de forma satisfatória para o espectador, apresentando um desfecho conceitual interessante, mesmo que em aberto.

Na verdade, talvez “360” seja um filme melhor do que uma visão rigorosa possa demonstrar. Afinal, vivemos esperando de Meirelles um novo “Cidade de Deus” o que acaba comprometendo uma melhor degustação dos seus filmes. Eu mesmo, confesso, assisti a “O Jardineiro Fiel” com essa expectativa e no caso de “Ensaio Sobre a Cegueira” ela era ainda maior, já que tenho uma grande admiração pela obra de Saramago (um dos melhores romances que já li na vida, sem dúvida). Quando do lançamento do recente “Para Roma, Com Amor”, novo trabalho de Woody Allen, mencionei este problema das expectativas, que mais uma vez se faz presente aqui. Acredito que, antes de tudo, cabe a nós nos livrarmos dessas “síndromes”, a esperar que a cada novo filme um grande cineasta nos entregue uma nova obra-prima. Ir ao cinema sem esperar demais é sempre recomendável e muito mais prazeroso.


Cotação:

Nota: 7,5

sábado, 18 de agosto de 2012

Curtindo o Curta #5


Talvez nem fosse necessária uma apresentação deste curta, de tão renomado que é. Entretanto, é sempre importante recordar que se trata de uma parceria entre dois gênios da arte no século XX: Luís Buñuel (direção e roteiro) e Salvador Dalí (co-roteirista) e é, provavelmente, a maior tradução do Surrealismo no cinema. O filme representa uma reunião de imagens oníricas, sem uma sequência que se possa dizer cronológica, seguindo apenas uma lógica de sonhos. É dele a famosíssima cena da mulher que tem o globo ocular cortado por uma navalha (o ator com a navalha é o próprio Buñuel). Se você ainda não viu "Um Cão Andaluz" (Un Chien Andalou,1928) clique no video abaixo e aproveite seus 21 minutos de estranheza e impacto visual.


domingo, 12 de agosto de 2012

Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge




Jogo de máscaras


Este era o filme mais aguardado do ano e o seu “hype” (para usar uma expressão da moda) tornou-se ironicamente ainda maior depois do evento sinistro ocorrido na cidade de Aurora, localizada no estado do Colorado, Estados Unidos. Ironia talvez mais forte seja a de que o ocorrido traduz muito da essência da trilogia do diretor Christopher Nolan. Não que os filmes de Nolan incentivem chacinas ou algo do tipo, longe disso. O que ocorre é que a trilogia de Batman, um reboot com tons opostos aos dos primeiros filmes engendrados pela Warner com o personagem (incluindo-se os longas de Tim Burton), tem como ponto crucial exatamente esta dualidade entre nossa figura pública/social e o que realmente somos. O atirador de Aurora, ao afirmar ser “o Coringa” quando da prática de seus atos homicidas, estava ali revelando sua verdadeira face, escondida debaixo de uma máscara de neurocientista em pós-graduação. Um recurso que todos usamos em maior ou menor grau, dependendo do quanto o nosso lado oculto pode ser mais ou menos aceito pelo círculo social em que vivemos.

No meu texto sobre o filme anterior da trilogia, “O Cavaleiro das Trevas”, eu discuti o quanto o Batman dos quadrinhos vinha sendo mal adaptado para a tela grande ao longo dos anos. O longa que teve a memorável atuação de Heath Ledger, que transformou o Coringa em um dos maiores vilões da história do cinema, finalmente retirou Batman deste calabouço qualitativo e o colocou onde sempre deveria estar: no topo das bilheterias, da atenção do público, da mídia e da crítica. E toda esta expectativa gerada em torno do lançamento de “O Cavaleiro das Trevas Ressurge” se deve muito mais ao segundo episódio da franquia, revolucionário em retirar as adaptações de HQs do gueto das “diversões para adolescentes”. Contudo, talvez seu maior mérito nem seja o de nos render uma interpretação inigualável de um já saudoso ator, mas o de nos entregar, com grande competência, um ensaio sobre esta dualidade humana entre o exposto e o oculto de nossa personalidade. A concepção do Coringa apresentada (bastante fiel àquela das HQs, por sinal) é a de um homem que desistiu dessas máscaras e que optou por viver apenas imerso no seu lado sombrio, uma vez que não acredita mais na natureza humana. Batman seria o seu oposto e simulacro inverso: um homem que precisa se disfarçar para que possa expor sua crença nesta última.


Nesta derradeira parte da trilogia, esse jogo de máscaras chega ao seu ponto culminante. A trama é pontuada por reviravoltas decorrentes dessa dualidade, tanto no que se refere ao protagonista, quanto aos seus opositores, sendo representada da forma emblemática na dúbia figura da Mulher-Gato (Anne Hathaway), a qual desempenha papel relevante na narrativa. O roteiro, embora não de forma óbvia, retira dos quadrinhos oitentistas de Frank Miller várias ideias do argumento (e não só o título “Cavaleiro das Trevas”). Afinal, foi Miller o primeiro a conceber um Batman “aposentado”, vivendo apenas seu “lado” Bruce Wayne e que sai dessa aposentadoria por não resistir à retomada de sua verdadeira faceta. Aqui sucede o mesmo. Há anos, desde os eventos narrados no segundo título da trilogia, Bruce Wayne (Christian Bale) não veste mais a máscara do morcego, levando apenas sua vida de milionário beneficente. Ocorre que Gotham City é invadida por Bane (Tom Hardy), líder de uma gangue que espalha o caos na cidade e que pretende destruí-la com uma bomba atômica caso qualquer um dos seus cidadãos ouse deixar o perímetro urbano. Ao mesmo tempo, Bruce vive uma aproximação com a empresária Miranda (Marion Cottilard, sempre uma ótima presença) e uma relação dúbia com Selina Kyle, a mencionada Mulher-Gato.

Não resta dúvidas que o longa rende ótimos momentos, com sequências de ação muito bem elaboradas e um clímax empolgante que deixa todos os espectadores grudados na poltrona. Contudo, em termos de resultados artísticos, este último episódio se coloca um degrau abaixo do anterior simplesmente por um único motivo: ele não tem o Coringa e a sensacional atuação de Heath Ledger. O Coringa é, provavelmente, o vilão mais bem elaborado das HQs, seja da DC ou Marvel ou ainda qualquer outra linha editorial. A riqueza de sua transposição para a tela promovida por Ledger tornou-se algo extremamente marcante e seria difícil para Tom Hardy conceber um antagonista à altura, até mesmo porque o seu Bane, um personagem gerado nos quadrinhos a partir de um golpe de marketing da DC Comics, é um vilão muito aquém das possibilidades interpretativas oferecidas pelo Coringa.


Contudo, isso não significa afirmar que o “O Cavaleiro das Trevas Ressurge” não seja um grande filme. Apesar de alguns momentos em que o roteiro (escrito pelo próprio Nolan com seu irmão Jonathan Nolan) me pareceu apressado – o que talvez tenha sido até uma necessidade, pois que o filme já tem uma metragem bem longa - a relação e construção dos personagens se mostra mais uma vez um dos méritos da direção do cineasta, mesmo diante da mencionada inferioridade de Bane quando comparado ao Coringa. Todo o elenco nos rende boas performances, deste o protagonista Christian Bale, passando pelos coadjuvantes Michael Caine como o querido Alfred, Morgan Freeman como Lucius Fox e até Anne Hathaway, sobre a qual sempre pairaram minhas dúvidas sobre suas possibilidades de encarnar a Mulher-Gato. Outro destaque relevante vai para Joseph Gordon-Levitt, interpretando um personagem extremamente relevante e que guarda uma surpresa para os fãs no final.

Aliás, surpresa para os fãs é o que não falta durante a projeção. Nolan, com esperteza e fluidez, joga várias cenas icônicas dos quadrinhos na tela, deixando aqueles que conhecem as obras originais com um sorriso nos lábios. Além disso, apresenta um terceiro episódio inteiramente conectado com os anteriores (talvez até mais com o primeiro do que com o segundo), o que revela a necessidade de vê-los ou revê-los para obter uma compreensão mais apurada. E vale destacar também: como uma aparente resposta aos críticos que apontavam a falta de emoção nos seus filmes, Nolan concebeu uma conclusão capaz de tocar mesmo aqueles que não são fãs de Batman ou HQs. Uma direção firme, mas que não esqueceu de jogar para a torcida.

Ao fim da projeção, depois de quase 2h45min, fiquei me perguntando quais seriam os novos rumos do homem-morcego nas telas. Acredito ser muito difícil ao menos igualar o trabalho que Nolan realizou com o personagem nesta trilogia., trabalho este que por vezes nos fazia esquecer que estávamos vendo um “filme de super-herói”. Fugindo dos clichês que marcaram Batman ao longo dos anos, o diretor conseguiu resgatar um personagem sepultado pelas adaptações infelizes do passado (principalmente as de Joel Schumacher) e conduzi-lo ao topo das atenções e das bilheterias. Uma pena que a franquia, devido aos fatos tristemente sinistros que lhe ficaram associados, dificilmente venha a ser agraciada com prêmios. Seria uma ótima chance de derrubar de vez o estereótipo que cerca os filmes baseados em HQs, mas não ocorrerá. Mas quem sabe o Batman não acaba mais uma vez derrotando seus inimigos e revertendo esse quadro? Ou vão querer que o “Coringa” vença no final?


Cotação:

Nota: 9,5

P.S. Devido a dias de muito trabalho e às Olimpíadas de Londres este blogueiro estava com pouco tempo para escrever resenhas ou mesmo comentar nos blogs amigos. Afinal, jogos olímpícos ocorrem apenas a cada 4 anos e sempre gosto de conferir o máximo possível. Só espero que daqui a mais 4 anos, no Rio de Janeiro, nosso desempenho seja melhor.